Leitura Bíblica: Tiago 2.14-17
Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta. (Tg 2.17)
As luzes artificiais, tão abundantes nas cidades, prejudicam uma observação adequada do céu. Você já teve a oportunidade de olhar para o céu em uma noite sem claridade artificial? É de tirar o fôlego! Deve ter sido esse o sentimento de Davi ao escrever: “Os céus declaram a glória de Deus, o firmamento proclama a obra das suas mãos” (Sl 19.1). Ao longo da história humana, olhar para o céu produziu espanto e apontou para a presença do Criador. Mas a visão distorcida do ser humano que se rebelou contra Deus o levou em direção oposta à revelação divina. Diante da necessidade de compreender, aplacar e conseguir o favor dos deuses, criaram-se as mais distintas religiões. Mas o Evangelho é completamente distinto, e há um texto que explica bem como a salvação não depende de nossos esforços: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom (dádiva, presente) de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9). Não é possível encontrar a graça fora de Cristo. Em sua infinita misericórdia, Deus fez tudo o que era necessário, e nossa parte é ter a fé em Jesus. A questão, porém, é entender corretamente o que é fé. No texto de hoje, Tiago nos leva a uma importante reflexão sobre as características da fé verdadeira: “Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios creem – e tremem!” (v.19). Fé não é aceitar algo apenas de forma intelectual. Se creio que Jesus é o próprio Deus que se fez homem; que morreu em meu lugar, mas ressuscitou dentre os mortos; e que ele vai de fato voltar como prometeu, então isso precisa se refletir em meu jeito de viver. Sem a fé em Cristo, as obras são insuficientes. Se religiosidade, esmolas e boas ações fossem suficientes, Jesus não precisaria ter morrido! Mas uma “fé” que não produz qualquer mudança de vida está mais para crendice ou autoengano.
Pela fé em Jesus recebemos a vida eterna, mas essa fé deve vir acompanhada de obras que confirmem uma nova vida.
Miguel Herrera Júnior, Bragança Paulista/SP