Peruíbe discute elegibilidade de candidato a prefeito

A nebulosa que envolve um pré-candidato a prefeito de Peruíbe parece mesmo andar assombrando os corredores do partido que apoia (ou dos partidos que apoiam) seu nome na tentativa de retornar à cadeira de onde comandou diretamente o município por quatro anos, vindo a ser uma espécie de prefeito ad hoc em mandato posterior.

Por conta desses tão somente quatro anos como prefeito, o novamente agora pré-candidato colecionou inúmeros processos, dos quais veio a ser condenado em vários, estando outros ainda suspensos, aguardando julgamento.

Por conta desses processos ele chegou a perder seus direitos políticos, tendo sido obrigado a devolver aos cofres públicos os recursos que a Justiça entendeu que desviara e, mais recentemente, teve arrestados para leilão boa parte de seu patrimônio.

Mas quem conhecia bem de perto da história para lá de suspeita da trajetória política desse personagem em Peruíbe era Claudete Andreotti, jornalista da cidade que faleceu anos atrás em circunstância estranha e pouco esclarecida até aqui. Responsável pelo “Boca de Rua”, um polêmico e destemido jornal, Claudete fez perpetuar nas redes sociais o resultado de suas investigações. Infelizmente veio a morrer sem ter logrado maior êxito que o de ter deixado suas denúncias como testemunho de sua minuciosa investigação. Sua morte foi festejada por todos quantos ainda ousam fazer na vida pública aquilo que fazem na privada; ainda que para lamento daqueles que viam na jornalista a voz corajosa que falava por muitos, e que faltava a todos.

Exemplo dessa sua sanha jornalística pode ser visto em seu canal no Youtube (que permanece no ar até hoje). Em um dos importantes documentos publicados no Youtube Claudete mostra o quanto o município de Peruíbe foi exposto à vergonha e ao vitupério nacional, vindo a se tornar manchetes nada airosas de grandes jornais, rádio e televisão da época (inclusive no “Fantástico”, da Globo), chegando a merecer destaque em sessão especial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Vale a pena conferir seus vídeos.

Em um desses vídeos assinados por Claudete Andreotti vemos o então presidente do TSE, Ministro Joaquim Barbosa, sendo taxativo: “Trata-se de ato imoral” referindo-se à tentativa de tentar validar a candidatura do ex-prefeito às vésperas de uma eleição pretérita. Os ministros foram unânimes em não acatar o pedido dos advogados do então candidato para torná-lo elegível naquela eleição, até porque, conforme as provas dos autos, quando prefeito, ele havia tido reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado todas as contas dos quatro anos de seu mandato. Indicativo escabroso tratava de um desvio de R$ 20 milhões em apenas um daqueles anos!

A questão para este ano de 2024 é: Teria o pré-candidato se remendado? Notícias em off dão conta de que gente muito próxima teria confessado que “sei que ele errou, mas já pagou pelos erros, e aprendeu com os erros”. Mas, diante do que foi sua administração, tal e qual apurado pela Justiça, é absolutamente permitida a dúvida: Será?

Infelizmente somos forçados a observar que não vale a pena correr o risco da incorreção no erro. E aqui é de se permitir parafrasear o imperador romano Júlio César: “Não basta a uma pessoa ser honesta; ela deve PARECER ser honesta”! E a imagem que o pré-candidato em tela não consegue distribuir para o eleitorado de Peruíbe é exatamente esta: Ele até que pode vir a ter se tornado honesto, mas que não parece nada honesto, isto não parece!

Washington Luiz de Paula

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