Eleições Municipais: Reacende polarização política entre PT e PSDB em Prados

Da Redação

Enquanto em Brasília PT e PSDB permanecem juntos e misturados para bem ou para mal do nosso país, as eleições municipais deste ano já prometem reacender a dura realidade da rivalidade histórica que, se outrora era entre PMDB/MDB e PSDB, agora, ou pelo menos de umas duas décadas para hoje, está mesmo polarizado entre estes dois partidos: PT e PSDB. Pelo menos em Prados é assim.

Ainda não está bem definido na cabeça daqueles munícipes que se contrapõem historicamente ao PSDB (e que originalmente eram do MDB), como é, porque é e quando foi aquele momento exato em que o PT tomou de assalto (sem trocadilhos, por favor) o MDB ou o PMDB, assumindo o papel de rival dos tucanos. Mas parece mesmo que isso pouco importa quando o assunto é perenizar a rivalidade, rivalidade esta que promete – e muito – reacender a disputa pela cadeira do executivo municipal nas eleições de outubro deste ano.

Embora há pouco mais de nove meses do pleito eleitoral, percebe-se que há um alinhamento de forças aqui e ali, e alguns nomes até já ameaçam ganhar evidência perante a opinião pública para ocupar o lugar que, a partir de janeiro de 2025, estará vago, vez que Juninho do Lester termina sua segunda gestão como prefeito. Excelentes gestões a do Juninho, sigamos lembrando!

Se, do lado da atual administração municipal, não parece estar havendo a sintonia necessária para a preparação rumo ao processo eleitoral, estima-se estar acontecendo o mesmo na seara da oposição. A referência é aos nomes que já circulam à boca pequena como eventuais postulantes ao cargo de prefeito.

Embora não declarado oficialmente, mas em círculo restrito de amigos e correligionários mais próximos, o prefeito Juninho tem externado sua preferência pelo jovem Dudu, seu atual secretário de Administração. Mas também não é de se esconder de ninguém que Rildo Costa, secretário de Saúde nos dois mandatos de Juninho, tem (ou teria) pretensões a concorrer ao cargo de prefeito este ano. Rildo, no entanto, tem deixado correr a notícia de que estaria mesmo se preparando para se mudar para São João Del Rei, onde poderia vir a assumir a secretaria de Saúde da cidade vizinha a partir do ano que vem. Por seu turno, Dudu parece mesmo gostar da ideia de vir a ser apoiado pelos tucanos como candidato a prefeito.

Na outra ponta deste imbróglio, o PT dá ares de carecer de igual dilema. As notícias da chamada “rádio peão” que me chegam dão conta de que o ex-prefeito Gustavo Gastão, que em tese seria o líder nato da oposição, estaria declinando de sua preferência em vir a tentar voltar à prefeitura nas eleições deste ano. Para o seu lugar o nome mais corrente é o do médico Dr. Ricardo que, caso se confirmasse, estaria debutando da lide política.

Mas o PT não sobrevive só de nomes como Gustavo Gastão e Dr. Ricardo. Há vontade implícita e quase explícita entre as vereadoras do partido na Câmara. O apelo seria para uma candidatura feminina, dando eventual ensejo a que Prados viesse a ter uma prefeita mulher, o que, até onde sei, seria a primeira vez em sua história.

Contudo, se a polarização estará mesmo para o perenal entrave PSDB/PT, temos então a considerar a possibilidade real de que a disputa estará mesmo a ser decidida entre os mais destacados postulantes destas duas agremiações partidárias. Observadas as ponderações acima, restaria ao PSDB decidir entre os nomes de Dudu e Rildo, ao passo que ao PT fica a preocupação de definir seu candidato entre o ex-prefeito Gustavo Gastão e Dr. Ricardo. A diferença? Bem, cabe ao eleitorado considerar que tanto Dudu (PSDB) e Dr. Ricardo (PT) são debutantes, diria que quase neófitos na política, ao passo que Rildo Costa (PSDB) e Gustavo Gastão (PT) se constituem em dois políticos tarimbados, cada qual ao seu estilo, evidente.

Outros nomes

À margem dos mais evidentes, não se pode deixar de citar que há nomes que até fariam bem se concorressem (ou até mesmo se viessem a ganhar a eleição), considerando ser saudável o interesse e a participação da comunidade no processo de escolha de seus representantes, seja no executivo, seja no legislativo.

Com maioria expressiva na Câmara, o PSDB conta com um plantel de nomes que já poderiam estar em condições de tentar alçar vôo rumo ao executivo. À exceção de André Neves que está em seu primeiro mandato, os vereadores Lourival, Cristiano Farute, Delfim do Baial e Paulinho do Bá já vêm de merecer uma oportunidade como candidato a prefeito, ou ainda que seja, a vice. Em off, contudo, o que se tem ouvido aqui e ali é que pelo menos o Cristiano também tem insistido em se apresentar ao partido como pré-candidato a prefeito.

A segunda bancada do Legislativo pradense está com o Partido dos Trabalhadores. O PT elegeu três mulheres nas últimas eleições, praticamente inaugurando uma oposição sistemática na Câmara. Nesse sentido, Patrícia do Roseni, Janaina Enfermeira, e Dilma são nomes de relevo que vêm de merecer a consideração do partido, nomes estes, que em meu modesto entender, têm que estar postos à prova da preferência popular nas pesquisas que começam a serem feitas pelos quatro cantos do município.

Isolado partidariamente, mas não menos importante, Cesar Cabeção é um dos decanos dentre os vereadores. Se seu partido, o MDB, viesse a lançar (ou pretender lançar) uma candidatura solo, seu nome talvez estivesse entre os mais indicados dentre os das fileiras do histórico “Manda Brasa”, junto com outro expoente emedebista que é o conhecido Marcos da Finta, embora este já venha de deixar claro que, se tiver que se candidatar este ano, seria mesmo a prefeito, e assim mesmo caso fosse convidado.

Como terceira via, temos nomes que também poderiam vir a se apresentar como candidatos, ou, no caso, como pré-candidatos. Sérgio Leão (atual chefe de gabinete do prefeito Juninho) seria um deles. O conhecido Rodolfo, neto do Gabriel (do mercado), também tem sido citado nas conversas reservadas pelas esquinas da cidade, enquanto há bastante gente achando que a simpatia e elegância de Flaviane, filha do Eder do açougue, não só encheria de beleza o gabinete do executivo, como também imprimiria novos e benfazejos ares para a municipalidade, do qual todo pradense certamente muito se orgulharia.

Com ou sem polarização, com ou sem terceira via, que a disputa eleitoral deste ano seja saudável e civilizada, vencendo aquele (ou aquela) que melhor tenha para contribuir para o progresso de Prados. Afinal, todos merecemos!

Sua escolha

Embora pareça cedo, mas já é tempo de perguntar: e para você? Quem você acha que mereceria sentar-se na cadeira de prefeito a partir de 2025?

Que você, cidadão de Prados, saiba escolher e escolher bem seu representante (prefeito) ou seus representantes (vereadores) nas eleições de 6 de outubro deste ano. A decisão de escolha de um só dia representará o destino de todos nós por quatro anos.